Começou oficialmente, na última terça-feira (01), a colheita, venda, transporte e armazenamento de pinhão em todo o estado do Rio Grande do Sul. Tradicionalmente, o início da safra ocorria na segunda quinzena de abril, mas, devido a uma mudança na legislação e a uma tentativa de alinhar o período com outros estados produtores, como Santa Catarina e Paraná, que iniciavam no primeiro dia do mês, a alteração foi confirmada ainda no ano passado.

Durante entrevista à Rádio Uirapuru, o engenheiro agrônomo e assistente técnico regional da Emater, Ilvandro Barreto de Melo, destacou como está sendo realizado esse processo e as expectativas para esta safra. Segundo ele, a evolução em relação ao ano passado é satisfatória; no entanto, ainda há números negativos em algumas regiões, causados pela estiagem.

Entre as curiosidades apresentadas por ele, está o fato de que uma pinha contém, em média, de 100 a 120 pinhões, o que equivale a aproximadamente um quilo. Contudo, existem pinhas maiores que podem chegar até dois quilos, dependendo da polinização. Na região norte do estado, um dos municípios que mais se destaca na produção é Mato Castelhano, seguido por Caseiros, Lagoa Vermelha e Barracão, de acordo com o especialista. No entanto, ao analisarmos o Rio Grande do Sul como um todo, destacam-se as regiões dos Campos de Cima da Serra, nas proximidades de Soledade e Fontoura Xavier.

Quanto ao preço do pinhão neste ano, Ilvandro explicou que ainda é cedo para fazer uma análise detalhada, mas que o valor deve começar um pouco mais alto. Conforme a safra avança, o preço tende a diminuir em razão da alteração da demanda, variando em torno de R$12,00 o quilo, podendo subir um pouco no início.

Fonte: Rádio Uirapuru