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Inverno 2024 na Região Sul

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22_01_2024_inverno

O inverno começa astronomicamente no dia 20 de junho, às 17h51, pelo horário de Brasília, quando ocorre o solstício de inverno.

A formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer do inverno 2024.

O inverno de 2023 foi marcado pelo fenômeno El Niño, um dos responsáveis pelas ondas de ondas vivenciadas pelo Brasil.

Os anos de 2020, 2021 e 2022 foram influenciados por um La Niña.

Situação dos oceano

Ao longo do inverno de 2024, o Oceano Pacífico fará transição da fase neutra para o fenômeno La Niña. É mais provável que o La Niña comece oficialmente entre julho e agosto. Durante a fase neutra, o resfriamento segue ocorrendo ao longo da faixa equatorial do Pacífico, e mesmo sem a configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho.

O oceano Atlântico ainda estará bastante aquecido na região tropical no início do inverno, embora seja notável a perda de calor nas últimas semanas em regiões mais distantes da costa brasileira. Ao largo da faixa litorânea, entre o RN e o ES, as águas seguem aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera, o que aquece regiões adjacentes. Este aquecimento tende a diminuir no decorrer do inverno, e áreas mais distantes da costa continuarão se resfriando.

O Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de SC até o RJ, em função do frequente escoamento de ar quente do interior do país para estas regiões. Em alguns períodos de escoamento de ar quente persistente, pode ocorrer ressurgência em pontos do litoral paulista e fluminense, o que favorece nevoeiros marítimos.

Precipitação

Por conta dos frequentes bloqueios atmosféricos atuantes no Brasil Central e leste ao longo do inverno, até o fim da estação haverá propensão a eventos de chuvas volumosas especialmente sobre o RS. A tendência, contudo, é que os eventos fiquem cada vez mais espaçados e menos abrangentes por conta da formação e consequente intensificação do La Niña, que desfavorece chuvas na região.

Áreas do oeste e norte do PR deverão ter maior déficit de chuvas, com volumes abaixo da média durante todos os meses, julho, agosto e setembro. As chuvas ficam um pouco abaixo da média também no oeste de SC e no oeste/norte do RS entre julho e setembro. Volumes mais elevados que o normal podem ocorrer no sul e leste do RS em julho; a mesma condição é esperada para o leste dos três estados em agosto.

O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe risco por conta das frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro.

Temperatura

Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no PR, um pouco acima em SC, e em torno da média no RS. Áreas do sul e oeste do RS devem ter temperaturas um pouco abaixo da média entre julho e agosto por conta da frequente chegada de ar frio polar à região.

Em todas as áreas, exceto o RS, os períodos de frio alternam com picos de temperaturas acima a muito acima da média. No RS, ar frio frequente especialmente entre agosto e setembro; em SC, também com atuação frequente do ar frio, mas com atuação mais incisiva do ar quente, especialmente no oeste do estado. No PR, temperaturas acima da média predominam principalmente no norte do estado, mas os dias frios serão mais frequentes do que em 2023 (assim como em toda a região).

Influência do La Niña nas temperaturas

A maior frequência de massas de ar frio é consequência do La Niña, mas por conta dos bloqueios atmosféricos o ar frio terá grande dificuldade para avançar para áreas mais ao norte da região e interior do país. Períodos de calor intenso são prováveis em setembro no PR.

Neve e geada

Há maior propensão para ocorrência de neve nas áreas mais altas do RS e SC comparado a 2023, assim como o maior risco de geadas nos três estados em relação ao ano passado.

Fonte: Climatempo

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