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Grupo de alunos de escola municipal de Ipira se encantou com o cenário encontrado, vivendo tarde de grande aprendizado e troca de experiências em atividade disciplinar de geografia.
Por: Ernoy Mattiello – Especial
Três turmas de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental da cidade de Ipira, visitaram na última quinta-feira (31), o canteiro de construção de uma Pequena Central Hidrelétrica – (PCH), em Linha Península, interior daquele município. Os alunos que pertencem a Escola Básica Municipal Hedi Klein Matzenbacher, foram recepcionados nas obras da PCH Pira, pelo engenheiro civil, Rafael Lehmann, que é o residente da obra.
A jornada educativa, integrando cerca de 35 estudantes com idade entre 11 e 12 anos, foi acompanhada pelas professoras Eluana Machado e Eduarda Stokmann, que lecionam a disciplina de geografia na unidade escolar.
Ao longo do passeio o grupo visualizou setores fundamentais deste estágio da obra, como a carpintaria, pátio de ferro, além de visitar o local onde está sendo erguida a barragem, uma estrutura que quando concluída deve chegar à cinco metros de altura, o que elevará o nível do rio do Peixe em 4,5 metros. O lago propriamente dito, não deve sair da calha normal, formando reservatório entre a barragem e a montante, que se eleva até região da ponte que liga Piratuba e Ipira.
Durante o percurso feito de ônibus ao longo do canteiro, foram realizadas diversas paradas, momento em que os estudantes receberam orientações técnicas sobre as etapas do projeto.
Segundo a equipe de engenharia, os investimentos para a execução das obras e operacionalização da PCH, estão estimados em R$ 160 milhões de reais, com aportes de recursos originados em um consórcio.
Apesar de considerada uma geradora de pequeno porte, algumas etapas da construção, chamam a atenção, como o túnel que levam a água para a geração, com diâmetro de 12 X 12 metros, dimensões superiores á de um túnel da BR 101, que integra o Brasil pelo litoral do país.
Segundo a equipe gestora do consórcio, atualmente as obras se concentram em três estágios: Perfuração, escavação e detonação. Conforme o engenheiro Rafael Lehmann, para garantir segurança às edificações urbanas, três sismógrafos controlam os índices de vibrações ocasionados com as dinamitações, em pontos estratégicos, fornecendo uma leitura para a equipe técnica sobre possíveis reações sísmicas.
As escavações em rocha também impressionam pelo volume: São cerca de 240 mil metros cúbicos de basalto que devem ser removidos ao longo da construção.
As obras iniciadas em outubro de 2022, têm previsão de conclusão em outubro de 2024, com possibilidade de geração de 200 empregos diretos no pico da construção.
Com projeto de potência instalada de 23 megawatts, a PCH Pira, deve entrar em geração à partir de dezembro de 2024, operando com três turbinas do modelo Kaplan, com eixo horizontal, além de um quarto gerador programado para operar na vasão sanitária, que é o nome dado ao túnel que mantém o rio vivo no trecho de desvio.
A capacidade de geração da PCH é capaz de garantir energia para pelo menos cinco cidades com as dimensões dos municípios de Piratuba e Ipira juntas.
Após a jornada de estudos, os estudantes ainda tiveram a oportunidade de conhecerem uma mostra de pedras semipreciosas, especialmente ametistas, extraídas da rocha durante as escavações.
Ao final do passeio que integra as comemorações do aniversário de Ipira, o grupo se despediu da equipe de engenharia preparados para exercitar em sala de aula, o conhecimento adquirido ao longo da visitação!