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O drama, o sofrimento e as dúvidas da família Stoll de Concórdia vão completar dois meses nesta quarta-feira, dia 02. Desde o início de dezembro os familiares tentam localizar o corpo da concordiense Roseli, que tinha 38 anos e foi morta pelo ex-companheiro. Ele, que confessou o assassinato e a ocultação de cadáver, foi indiciado e denunciado pela Justiça e está preso aguardando julgamento. A família, também segue “presa”, mas no sentimento de não poder dar o sepultamento digno para Roseli.
O caso chamou a atenção de toda a comunidade. No dia 02 de dezembro Roseli desapareceu. A Polícia Civil descobriu que o ex-companheiro abordou ela na área central da cidade neste dia, e na casa dele durante a noite, cometeu o feminicídio, usando um cinto para asfixiar ela. Ele foi preso na noite do dia 07 de dezembro na região de Antônio Prado, RS, e confessou o crime. Também relatou aos policiais que havia deixado o corpo de Roseli no lago formado pela Usina de Itá, na região de Entre Rios, comunidade do município de Alto Bela Vista. Confessou ainda, que amarrou uma pedra nela, para que o corpo afundasse.
Com a notícia da morte a única esperança da família era a de encontrar o corpo o mais rápido possível. Uma operação de buscas foi iniciada pelos Bombeiros Militares de Piratuba. O trabalho também contou com bombeiros mergulhadores de Capinzal, Joaçaba, Curitibanos e de Pinhalzinho. Embarcações e equipamentos como sonar, câmera subaquática e garatéias foram empregados nas buscas, mas o corpo não foi encontrado. Cães farejadores dos Bombeiros e do Gorsc, Grupo de Operações, Resgate e Salvamento de Concórdia, também auxiliaram, dando indícios de que o corpo foi realmente levado ao local.
Depois de 10 dias consecutivos de atividades no lago e sem encontrar Roseli, os bombeiros suspenderam o trabalho. A partir daí a própria família, com auxílio de amigos e moradores ribeirinhos, decidiu seguir com as buscas. Por mais de 30 dias, grupos se revezaram e navegaram pelo lago diariamente, mas sem sucesso.
O cunhado de Roseli Stoll, Deonir Pavaron, conta que os familiares não conseguem mais manter as buscas diárias, mas mantêm a esperança. “Todos precisamos trabalhar e não temos mais como ir ao lago todos os dias. Mas estamos indo uma vez por semana e contamos com auxílio de pessoas que moram nas proximidades e com amigos”, conta. “Sabemos que não vamos mais encontrar o corpo no mesmo estado que estaria poucos dias após o crime, mas nós queremos saber onde ela está e temos certeza que ainda vamos localizar, nem que tenhamos que revirar o mundo”, enfatiza. “O pai, a mãe, irmãos, primos, cunhados e amigos estão determinados, não vamos desistir”, ressaltou Deonir.
Fonte: Rádio Aliança