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Em alta no Inter, Vitão abre o jogo sobre procuras de Flamengo, Palmeiras e sonho da Seleção

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inter 28 03 25

De desconhecido a pilar do Inter. Em três anos, Vitão mudou o status e hoje é um dos protagonistas. O zagueiro tem lugar indiscutível no time, fia a solidez do sistema defensivo e desperta a cobiça do futebol internacional e grandes do Brasil, como Palmeiras e Flamengo.

O que não muda a concentração. Permanece focado no trabalho no Beira-Rio para atingir os objetivos. Como o sonho da Seleção. Algo que vê como árduo por estar longe dos holofotes do eixo Rio-São Paulo.

Vitão pelo Inter
151 partidas
3 gols
1 assistência
22 cartões amarelos
2 cartões vermelhos
Título do Gauchão de 2025
A regularidade que apresenta desde que chegou ao Beira-Rio em 2022, trazido durante o conflito da Ucrânia com a Rússia quando defendia o Shakhtar, o coloca como um dos mais assediados do clube.

O Betis esteve perto de contratá-lo no ano passado. O Napoli já o colocou no radar. No início de 2025, o Flamengo e o Palmeiras também o observaram. Mas a conexão com o Inter é tamanha que virou uma das lideranças do vestiário, com a honra de utilizar a braçadeira durante o título do Gauchão.

Confira trechos da entrevista:
Para quem chegou para jogar três meses, você está aqui há três anos e 151 partidas. Como vê isso?

Muito feliz! Cheguei com muita desconfiança. Poucas pessoas me conheciam. O primeiro contrato era de três meses. Nem nos meus melhores sonhos poderia descrever a minha felicidade. Espero que eu possa ficar mais tempo aqui ainda. E feliz pela conquista (do Gauchão). Que seja a primeira de muitas.

Neste período, vocês ficaram em segundo no Brasileirão e bateram na trave na Libertadores de 2023. Ano passado ainda houve aquela arrancada com o Roger. Depois de tudo o que passaram, o que significa conquistar o Gauchão?

O time estava muito bem encaixado. Fiquei muito abalado com a perda de uma conquista como a Libertadores porque ficamos a poucos minutos fora da final. É uma competição que estamos devendo ao nosso torcedor e para nós mesmos. Temos essa conversa interna. Todas as competições vamos entrar para disputar, pode ter certeza. Brigaremos em todas.

O Inter é um dos candidatos ao título da Libertadores?

Todo campeonato que o Inter entra, tem o objetivo de ser campeão. O nosso time está bem, em evolução. Claro que temos ainda a melhorar, mas trabalhamos todos os dias e estou bem confiante. Não só na Libertadores, como em todas as competições. Entraremos em busca de grandes coisas.

Você chegou a ser o capitão no Gauchão. Como é receber mais esta atribuição?

Nosso grupo tem muitas lideranças, mas apenas um carrega a braçadeira. Ele (técnico Roger Machado) me deu esta confiança. Sempre ficamos puxando um ao outro no vestiário. Sou um cara que tem um relacionamento bom com todos. Temos a hora de brincar e a da seriedade. Fico feliz por me respeitarem. Claro que quando cheguei aqui não tinha essa liderança. O Alan (Patrick), Mercado e eu somos os atletas com mais tempo de casa. Temos de mostrar liderança, que conhecemos o ambiente. Espero continuar ajudando.

Na comemoração do título do Gauchão, você pegou um caixão em alusão ao Grêmio e brincou com os torcedores. Como é esta identificação?

Desde quando cheguei aqui os torcedores me abraçaram e procuro retribuir dentro de campo. Fico feliz. Na hora da comemoração, extravasamos um pouco. É o sentimento de um torcedor em campo. Acho que se o torcedor estivesse ali seria o que faria. É o que eles queriam. Ficamos muito felizes pelo título e interromper a sequência do rival.

Vocês enfrentarão uma sequência de 19 partidas em dois meses. Será o momento de mostrar pelo que o Inter lutará?

Sem dúvida alguma! Será uma sequência dura para nós, mas aos outros clubes também. Estou bem convicto que nosso time está preparado para a sequência fortíssima que teremos. Consequentemente, é a arrancada que decidirá o nosso ano.

Qual a importância do Roger neste momento pelo qual você atravessa?

O Roger conversa bastante comigo. Além de um excelente treinador, é uma pessoa bem aberta. Escuta as nossas opiniões e dá a dele. Perguntou como eu me sentia para jogar no lado esquerdo ano passado. Fiz praticamente toda a base ali. Fazia um bom tempo que eu não jogava, mas disse que me sentia tranquilo. Preferi chamar a responsabilidade e fazer o lado esquerdo. O Rogel, que não vinha atuando, ficou pelo lado bom dele. Tivemos uma arrancada muito boa no campeonato. Fico feliz por ter ajudado. Espero continuar performando da melhor maneira possível.

Como foi aquele momento no ano passado quando você chegou a se despedir do clube, mas retornou após a negociação frustrada com o Betis?

Estávamos acertados, mas por alguns detalhes não concretizou. Era uma coisa que seria muito boa ao Inter, principalmente, e a mim. Temos um plano, mas Deus faz outros. E, com certeza, os Dele são melhores. Fiquei feliz igual. Tive uma conversa com o Roger quando retornei. Foi bom ter ficado, como seria se tivesse saído. Estou feliz aqui. Não é segredo para ninguém. Tivemos uma conquista e espero que seja a primeira de muitas.

O Flamengo quis você no início do ano. Por que não fechou?

Para ser sincero, não houve nada concreto, não teve proposta enviada. Vi que vazaram algumas coisas. Eles até queriam abater a dívida pelo Thiago Maia. Conversei com o D’Alessandro (diretor esportivo) e o (André) Mazzuco (executivo) e falei que estava feliz e meu sonho era conquistar grandes coisas aqui. Foi uma conversa bem aberta. Graças a Deus mantive o foco e conseguimos essa conquista muito importante.

O Palmeiras chegou a procurar seus representantes e você neste período?

Teve também uma especulação do Palmeiras. Entrei em contato com meus empresários, mas não chegou a se concretizar nada. Foi mais uma especulação. Os valores não agradaram. Disse que o Inter estava em primeiro lugar. Nunca faria algo bom para mim sem ser bom ao clube.

Caso tivesse fechado com Flamengo ou Palmeiras seria mais fácil para aparecer na lista da Seleção?

Sem dúvida! Quem joga aqui no Sul tem que fazer o dobro para ser notado. Tem de mudar. Você pega os números, atuações e fica difícil entender. O Alan Patrick, por exemplo. Você vê as atuações dele, sempre constantes, mas não ganha uma oportunidade. Há um bom tempo o Alan Patrick é o melhor 10 em atividade no futebol brasileiro. E não sou eu quem falo. Vocês (jornalistas) também estão vendo. Mas é isso, nosso foco está 100% no Inter. Continuaremos desempenhando. Uma hora terão de começar a olhar para cá. Por isso que digo: temos de estar bem no clube que, consequentemente, uma hora chegará a oportunidade na Seleção.

Fonte: ge

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